07/12/2012

42º Episódio Sonhos do Coração - ÚLTIMO EPISÓDIO

Noite - Casa Júlia e Vera

-Você ainda é vivo? (pergunta Júlia estupefacta)

-Tal como a senhora, mas o que eu me pergunto é como é que a senhora é viva com tanto mal que fez no passado e talvez agora no presente. (Dr. António Braga)

-Cale-se! Você não sabe nada, nada, saia daqui, saia. (Grita Júlia exaltada)

-Mas afinal o que é que vem a ser isto? (pergunta Vera)

-Calma filha este senhor vai já sair. (Júlia)

-Eu só vou sair quando a sua filha ficar a saber toda a verdade. (Dr. António Braga)

-Verdade? Que verdade? (pergunta Vera)

-O seu pai não se suicidou. (conta o Dr.)

-Não? (pergunta Vera)

-Cale-se! Saia daqui para fora, você não sabe nada. (grita Júlia nervosíssima)

-Agora cala-te tu mãe, eu quero ouvir o que este senhor tem para me dizer. (Vera)

-Filha não acredites em nada do que esse senhor tem para te dizer. (Júlia nervosa)

-Sei que vai ser muito difícil para si ouvir isto tudo após muitos anos, mas é a verdade, é a história verdadeira que há muito já lhe devia ter contado. (Dr. Antónia Braga)

-Comesse a contar, já não estou a gostar da conversa. (Júlia)

-A Senhora Júlia Maria não é quem você pensa, ela contou-lhe que o Senhor Carlos Reis, seu pai, se tinha suicidado, na qual é mentira. O seu pai foi assassinado pela sua mãe assim que o mesmo falsificou um testamento exigido pela Sô dona Júlia Maria. E mais tarde assassinou a Senhora Bárbara Sousa quem tomou conta de si quando a sua mãe tinha algo para fazer. (conta o Dr. António Braga)

-O quê? Isto é verdade? (pergunta Vera estupefacta de lágrimas nos olhos)

De repente uma intensa tempestade se inicia e corta a luz de casa das mesmas.

-Eu já vim dizer o que tinha pra dizer, está uma enorme tempestade e eu tenho de ir. (Diz Dr. António Braga e sai de casa)

Mariana está na sala a ouvir tudo estupefacta sem conseguir dizer uma única palavra.

-Isto é verdade? (grita Vera)

Júlia abanda a cabeça a chorar respondendo que sim.

Assim que a mesma responde Vera sai de casa a correr.

-Vera onde é que vais com esta tempestade. (Júlia)

-Acalme-se D. Antónia! Deixe-a ir. (Mariana)

Júlia assim que ouve Mariana dizer isto puxa pelo braço e sai de casa com ela.

Noite - Rua

Está uma forte tempestade na rua, quando os polícias vêem Vera a sair do prédio a correr.

Noite - Carro Polícia

-Mas o que se passa ali comandante Brás? (pergunta o agente Marco)

-Calma Marco, calma, assim que um carro arrancar, nós seguimo-lo. (comandante Brás)

Noite - Rua

Vera corre com toda a força a chorar no meio da tempestade e da trovoada intensa.

Mariana e Júlia saem agora do prédio, Júlia a puxar Mariana:

-Largue-me Júlia, onde é que vamos? (pergunta Mariana a ficar assustada)

-Tenha calma, vamos á casa abandonada tratar daqueles dois. (Júlia)

-Mas está a chover, não dá para meter á casa arder. (Mariana)

-Há muitas formas de matar. (Júlia)

-Mas e a Vera? (pergunta Mariana enquanto vão a caminhar para o carro)

-A Vera deixe-a espairecer, daqui a umas horas volta e percebe que não tem mais ninguém. (Júlia)

Mariana e Júlia entram no carro.

Noite - Carro Policia

-Elas vão arrancar. (Agente Marco)

-E nós também. (Diz o Comandante Brás)

E arrancam seguindo sempre o carro de Júlia na intensa chuva e trovoada.

Noite - Mansão Mendes de Oliveira

Maria e Antónia estão em casa sentadas no sofá.

-Com esta tempestade onde andará o Ivo e a Mónica?! (Antónia)

-A Esperança é a última a morrer. (diz Maria)

De repente tocam á campainha.

Maria vai abrir a porta e deparasse com Dr. António Braga encharcado.

-Boa Noite! (Maria)

-Boa Noite! Gostava de falar com a D. Antónia Mendes de Oliveira (diz Dr. António Braga)

-Comigo? (Levanta-se Antónia do sofá)

Escritório Mendes de Oliveira

-O que lhe venho falar não é muito bom, ainda para mais ao fim destes anos todos. (Dr. António Baga)

-Sim diga. (Antónia)

-O seu marido João Mendes de Oliveira foi quem mandou desparecer com o seu filho, Alexandre Mendes de Oliveira. (Conta Dr. António Braga)

-O quê? (Antónia Estupefacta)

-Tenha calma, a polícia já tem todas as provas e dentro de horas ele será preso. (Dr. António Braga)

-Eu nunca pensei que o João pudesse fazer uma coisa destas, ainda para mais a um filho. (Antónia desesperada)

-Suponho também que já deve saber quem é o seu filho e que ele está vivo? (Dr. Antónia Braga)

-Sim sei! Agora só quero que aquele monstro seja preso. (Antónia)

Noite - Estrada

O Carro preto da polícia que seguia o carro de Júlia onde estava Mariana continua a segui-las na intensa chuva e trovoada que ocorre.

Na estrada escura só se vi os faróis do carro acessos e só se ouvia a chuva a cair e som da trovoada, Mariana estava super assustada, porque Júlia estava a conduzir muito rápido:

-Vai devagar Júlia. (Mariana)

-Cala-te a bofia está atrás de nós. (Júlia)

-O quê? (Mariana assustada)

Em fracção de segundos, pela escuridão e o chão escorregadio, o carro de Júlia perde o controlo e cai de uma ravina, ao som da chuva e da trovoada o carro onde ia a polícia pára, e os mesmos saem do carro e vão junto da ravina, olham lá para baixo e de repente assistem a explosão do carro.

-Meu deus! (diz o Agente Marco)

-Espera aí, lá mais para a frente há uma casa abandonada. (pensa por alto o comandante Brás)

-Eu fico aqui para chamar uma ambulância e você vai lá de carro. (Agente Marco)

Noite - Casa Abandonada

Ivo e Mónica estavam super exarcados e já completamente sem forças e cheios de frio e fome.

-Está aí alguém? (pergunta o comandante de arma na mão)

-Socorro! (grita já sem forças Ivo)

-Tirem-nos daqui! (Mónica)

O Agente entra na casa abandonada, desamarra Ivo e Mónia e ambos quando são soltos abraçam-se a chorar e beijam-se apaixonadamente.

Noite - Rua

Vera estava perto do hotel sentada num banco enquanto chovia, quando se depara com uma pessoa que lhe é familiar.

-Pai! (grita Vera)

-Filha! (grita Carlos)

Ambos correm junto um do outro e dão um forte abraço

-Desculpa filha! (Carlos)

-Tu não morreste, tu estás vivo. (Vera surpreendida e feliz)

-Não! E não podia aparecer assim a saber que estavas contra mim e que tinhas ouvido uma história diferente. (explica Carlos)

-A Mãe é uma falsa. (Vera)

-Deixa isso filha, depois de amanhã volto para África. (Carlos)

-Africa? (Pergunta Vera)

-Sim! Estou lá há três anos a fazer acções humanitárias. (Responde Carlos)

-Asserio? Eu sempre amei fazer isso. (conta Vera)

-Então vens comigo? (pergunta Carlos)

-Claro que vou, mas não quero levar roupas, não quero levar nada que me faça lembrar a vida que passei sem ti. (Vera)

-Está bem filha! Olha eu vou dar-te a chave do quarto onde vou passar esta noite. (Carlos)

-Então e tu? Não vais já para o hotel? (pergunta Vera)

-Vou, mas antes preciso de ver um amigo de longa data. (Carlos)

Noite - Hotel – Quarto João

João está deitado a ler um livro quando lhe batem á porta, o mesmo abre e deparasse com o seu velho amigo que pensara estar morto.

-Carlos? (João estupefacto)

E dão um forte abraço.

De repente dois agentes da polícia entram no quarto:

-Senhor João Mendes de Oliveira! Está detido por mandato de rapto do seu filho, Alexandre Mendes de Oliveira. (Agente)

João é levado pelos agentes e Carlos estupefacto com a Situação.

Horas depois…

Noite – Prisão

João tinha sido colocado na mesma cela que Matilde e ambos estavam felizes que iam poder estar juntos e criar o seu filho.

-É tão bom estares aqui comigo. (Matilde)

-É! Mas da pior maneira. (João)

-Porquê que mandas-te raptar o teu filho? (pergunta Matilde)

-Tem calma! Eu estou arrependido pelo que fiz e não vou fazer ao nosso. Eu mandei raptar o Alexandre, porque ele empatava uma serie de coisas comigo e com a Antónia, ele veio tirar-nos muita coisa, festas, passeios, jantares, mas quando vi que Antónia sofria com a dor de que ele tinha sido desaparecido, fiquei muito mal e não tive coragem para o trazer. (Conta João)

Matilde beija João apaixonadamente

-A partir de agora tens uma nova vida, uma nova família e desta vez vamos ser felizes! (Matilde)

-Claro que sim. (João e beija Matilde)

Dia Seguinte – Jardim Mansão Mendes de Oliveira

-É tão bom ter-vos aqui e saber que finalmente descobriram que há amor entre vós. (Maria)

-É mãe, mas não te entusiasmes muito, eu e a Mónica vamos para Londres. (Ivo)

-Desde que me venham visitar. (Maria)

-É Claro que sim! (Mónica sorridente)

-Aquelas bruxas têm rapidamente de ser presas. (Maria)

-É, nem sei como acreditei nelas e na minha própria filha tanto tempo. (Interrompe Antónia)

-Bom Dia! (Aparece o Agente)

-Bom dia Senhor agente! Passa-se alguma coisa? (pergunta Antónia)

-O seu Marido foi detido cinco anos por mandato de rapto do seu filho Alexandre Mendes de Oliveira e tenho mais outra má noticia. (Agente)

-Diga Senhor agente (Antónia)

-A Sua filha Mariana Mendes de Oliveira faleceu ontem á noite num acidente de automóvel com a senhora Júlia Maria. (conta o Agente)

Antónia manda-se ao chão e começa a chorar desesperadamente, Ivo e Mónica tentam acalmá-la também surpreendidos, Maria está de boca aberta e estupefacta com a notícia.

-Eu não acredito! (Antónia a chorar)

-Acalme-se D. Antónia (Ivo)

-Chega de adiar mais isto! Chega! Ivo tu és o Alexandre! (Antónia levantando-se do chão)

Mónica e Maria ficam estupefactas e Ivo fecha os olhos e lembra-se de todas as imagens da sua infância e de repente dá um enorme abraço a Antónia.

-Mãe és mesmo tu! (Ivo)

Maria está comovida com a situação e Mónica dá-lhe um abraço

-Finalmente Alexandre, finalmente. (Antónia)

De repente chega outro agente junto do que já lá está:

-Maria Moreira está detida por ocultamento de criança durante 21 anos. (Agente)

Maria dá os braços ao agente a chorar o mesmo coloca-lhe as algemas e leva.

-Espere! (diz Ivo)

O mesmo vem junto dos agentes e da Maria:

-Mãe, sim mãe, tu vais ser sempre a minha mãe, estarei aqui a tua espera ouviste? Beijos amo-te! (Ivo junto da Mãe)

Maria é levada pelos agentes a chorar e Antónia, Ivo e Mónica dão um abraço!

Horas depois…

Casa Mónica

Ivo, Mónica, Carlota, Sérgio e Rodrigo estão em casa de Mónica a ouvirem Ivo e Mónica a contar o que aconteceu…

Um Dia Depois…

Dia Seguinte - Aeroporto

Vera e Carlos estavam para entrar no avião, quando vêem Antónia, Ivo, Mónica, Carlota, Sérgio, Lúcia e Rodrigo a virem.

-Peço desculpa a todos pelo que fiz, mas foi revolta, foi assim que me ensinaram a ver vida. Ivo e Mónica? Espero que sejam felizes a partir do momento que entrarem neste avião, Rodrigo e Lúcia? Espero que sejam felizes, digo o mesmo ao meu… irmão (Sérgio) e á Carlota, vocês todos merecem. (Vera)

De repente todos dão um abraço muito forte...

Márcio aparece e interrompe o abraço dos amigos:

-Ei! Então e eu? (pergunta Márcio)

-Tu? Tu vais-nos dizer é o porque que apareces e despareces muitas vezes. (Rodrigo)

-Eu não vos posso dizer, depois vocês vão se afastar. (Márcio)

-Não vamos nada Márcio, diz lá. (Lúcia)

-Eu… Eu sou prostituto. (conta Márcio nervoso)

-Epá anda cá! (chama Sérgio)

E dão todos um forte abraço. Depois Vera e Carlos despedem-se dos amigos:

-Eu venho visitar-te maninho. (diz Vera a Sérgio)

-Espero bem que sim mana. (responde Sérgio)

-Porta-te bem. (Vera e dá um abraço a Sérgio)

-Maninho? (pergunta Sérgio confuso)

-É uma longa história. (Carlota)

Depois de Vera e Carlos entrarem no avião é a vez de Ivo e Mónica despediram-se dos amigos e de Antónia:

-D. Antónia! Quer dizer mãe, eu venho visitar-te e quero que saibas que eu nunca mais vou ser o Alexandre, mas sim o Ivo, mas há uma coisa que nunca vai mudar, as minhas duas mães. (Ivo)

-Eu percebo filho, e o que me faz feliz é saber que me perdoas e que me consideras como mãe, e o teu pai a pagar por aquilo que fez. Boa viagem. Gosto muito de ti. (Antónia comovida e dão um abraço)

Ivo e Mónica antes de entearem no avião…

-Eu acredito, nós vamos ser felizes, o amor é um sonho, basta acreditarmos. (Mónica)

Com isto Ivo e Mónica beijam-se apaixonadamente e entram no avião.

 -A Vida às vezes surpreende, a vida às vezes nem sempre é como nós queremos e cada um colhe aquilo que semeia, por isso é que eu digo que sonhar é sempre a melhor arma para acreditar e especialmente se os sonhos vierem do coração… (Mónica)

E o avião arranca…

 Uma Novela da Autoria de: MIGUEL NORONHA

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