Noite
- Casa Júlia e Vera
-Você ainda é vivo? (pergunta Júlia estupefacta)
-Tal como a senhora, mas o que eu me pergunto é como é
que a senhora é viva com tanto mal que fez no passado e talvez agora no
presente. (Dr. António Braga)
-Cale-se! Você não sabe nada, nada, saia daqui, saia.
(Grita Júlia exaltada)
-Mas afinal o que é que vem a ser isto? (pergunta Vera)
-Calma filha este senhor vai já sair. (Júlia)
-Eu só vou sair quando a sua filha ficar a saber toda a
verdade. (Dr. António Braga)
-Verdade? Que verdade? (pergunta Vera)
-O seu pai não se suicidou. (conta o Dr.)
-Não? (pergunta Vera)
-Cale-se! Saia daqui para fora, você não sabe nada.
(grita Júlia nervosíssima)
-Agora cala-te tu mãe, eu quero ouvir o que este senhor
tem para me dizer. (Vera)
-Filha não acredites em nada do que esse senhor tem para
te dizer. (Júlia nervosa)
-Sei que vai ser muito difícil para si ouvir isto tudo
após muitos anos, mas é a verdade, é a história verdadeira que há muito já lhe
devia ter contado. (Dr. Antónia Braga)
-Comesse a contar, já não estou a gostar da conversa.
(Júlia)
-A Senhora Júlia Maria não é quem você pensa, ela
contou-lhe que o Senhor Carlos Reis, seu pai, se tinha suicidado, na qual é
mentira. O seu pai foi assassinado pela sua mãe assim que o mesmo falsificou um
testamento exigido pela Sô dona Júlia Maria. E mais tarde assassinou a Senhora
Bárbara Sousa quem tomou conta de si quando a sua mãe tinha algo para fazer.
(conta o Dr. António Braga)
-O quê? Isto é verdade? (pergunta Vera estupefacta de
lágrimas nos olhos)
De repente uma intensa tempestade se inicia e corta a luz
de casa das mesmas.
-Eu já vim dizer o que tinha pra dizer, está uma enorme
tempestade e eu tenho de ir. (Diz Dr. António Braga e sai de casa)
Mariana está na sala a ouvir tudo estupefacta sem
conseguir dizer uma única palavra.
-Isto é verdade? (grita Vera)
Júlia abanda a cabeça a chorar respondendo que sim.
Assim que a mesma responde Vera sai de casa a correr.
-Vera onde é que vais com esta tempestade. (Júlia)
-Acalme-se D. Antónia! Deixe-a ir. (Mariana)
Júlia assim que ouve Mariana dizer isto puxa pelo braço e
sai de casa com ela.
Noite
- Rua
Está uma forte tempestade na rua, quando os polícias vêem
Vera a sair do prédio a correr.
Noite
- Carro Polícia
-Mas o que se passa ali comandante Brás? (pergunta o
agente Marco)
-Calma Marco, calma, assim que um carro arrancar, nós
seguimo-lo. (comandante Brás)
Noite
- Rua
Vera corre com toda a força a chorar no meio da
tempestade e da trovoada intensa.
Mariana e Júlia saem agora do prédio, Júlia a puxar
Mariana:
-Largue-me Júlia, onde é que vamos? (pergunta Mariana a
ficar assustada)
-Tenha calma, vamos á casa abandonada tratar daqueles
dois. (Júlia)
-Mas está a chover, não dá para meter á casa arder.
(Mariana)
-Há muitas formas de matar. (Júlia)
-Mas e a Vera? (pergunta Mariana enquanto vão a caminhar
para o carro)
-A Vera deixe-a espairecer, daqui a umas horas volta e
percebe que não tem mais ninguém. (Júlia)
Mariana e Júlia entram no carro.
Noite
- Carro Policia
-Elas vão arrancar. (Agente Marco)
-E nós também. (Diz o Comandante Brás)
E arrancam seguindo sempre o carro de Júlia na intensa
chuva e trovoada.
Noite
- Mansão Mendes de Oliveira
Maria e Antónia estão em casa sentadas no sofá.
-Com esta tempestade onde andará o Ivo e a Mónica?!
(Antónia)
-A Esperança é a última a morrer. (diz Maria)
De repente tocam á campainha.
Maria vai abrir a porta e deparasse com Dr. António Braga
encharcado.
-Boa Noite! (Maria)
-Boa Noite! Gostava de falar com a D. Antónia Mendes de
Oliveira (diz Dr. António Braga)
-Comigo? (Levanta-se Antónia do sofá)
Escritório
Mendes de Oliveira
-O que lhe venho falar não é muito bom, ainda para mais
ao fim destes anos todos. (Dr. António Baga)
-Sim diga. (Antónia)
-O seu marido João Mendes de Oliveira foi quem mandou
desparecer com o seu filho, Alexandre Mendes de Oliveira. (Conta Dr. António
Braga)
-O quê? (Antónia Estupefacta)
-Tenha calma, a polícia já tem todas as provas e dentro
de horas ele será preso. (Dr. António Braga)
-Eu nunca pensei que o João pudesse fazer uma coisa
destas, ainda para mais a um filho. (Antónia desesperada)
-Suponho também que já deve saber quem é o seu filho e
que ele está vivo? (Dr. Antónia Braga)
-Sim sei! Agora só quero que aquele monstro seja preso. (Antónia)
Noite
- Estrada
O Carro preto da polícia que seguia o carro de Júlia onde
estava Mariana continua a segui-las na intensa chuva e trovoada que ocorre.
Na estrada escura só se vi os faróis do carro acessos e
só se ouvia a chuva a cair e som da trovoada, Mariana estava super assustada,
porque Júlia estava a conduzir muito rápido:
-Vai devagar Júlia. (Mariana)
-Cala-te a bofia está atrás de nós. (Júlia)
-O quê? (Mariana assustada)
Em fracção de segundos, pela escuridão e o chão
escorregadio, o carro de Júlia perde o controlo e cai de uma ravina, ao som da
chuva e da trovoada o carro onde ia a polícia pára, e os mesmos saem do carro e
vão junto da ravina, olham lá para baixo e de repente assistem a explosão do
carro.
-Meu deus! (diz o Agente Marco)
-Espera aí, lá mais para a frente há uma casa abandonada.
(pensa por alto o comandante Brás)
-Eu fico aqui para chamar uma ambulância e você vai lá de
carro. (Agente Marco)
Noite
- Casa Abandonada
Ivo e Mónica estavam super exarcados e já completamente sem
forças e cheios de frio e fome.
-Está aí alguém? (pergunta o comandante de arma na mão)
-Socorro! (grita já sem forças Ivo)
-Tirem-nos daqui! (Mónica)
O Agente entra na casa abandonada, desamarra Ivo e Mónia
e ambos quando são soltos abraçam-se a chorar e beijam-se apaixonadamente.
Noite
- Rua
Vera estava perto do hotel sentada num banco enquanto
chovia, quando se depara com uma pessoa que lhe é familiar.
-Pai! (grita Vera)
-Filha! (grita Carlos)
Ambos correm junto um do outro e dão um forte abraço
-Desculpa filha! (Carlos)
-Tu não morreste, tu estás vivo. (Vera surpreendida e
feliz)
-Não! E não podia aparecer assim a saber que estavas
contra mim e que tinhas ouvido uma história diferente. (explica Carlos)
-A Mãe é uma falsa. (Vera)
-Deixa isso filha, depois de amanhã volto para África.
(Carlos)
-Africa? (Pergunta Vera)
-Sim! Estou lá há três anos a fazer acções humanitárias.
(Responde Carlos)
-Asserio? Eu sempre amei fazer isso. (conta Vera)
-Então vens comigo? (pergunta Carlos)
-Claro que vou, mas não quero levar roupas, não quero
levar nada que me faça lembrar a vida que passei sem ti. (Vera)
-Está bem filha! Olha eu vou dar-te a chave do quarto
onde vou passar esta noite. (Carlos)
-Então e tu? Não vais já para o hotel? (pergunta Vera)
-Vou, mas antes preciso de ver um amigo de longa data.
(Carlos)
Noite
- Hotel – Quarto João
João está deitado a ler um livro quando lhe batem á
porta, o mesmo abre e deparasse com o seu velho amigo que pensara estar morto.
-Carlos? (João estupefacto)
E dão um forte abraço.
De repente dois agentes da polícia entram no quarto:
-Senhor João Mendes de Oliveira! Está detido por mandato
de rapto do seu filho, Alexandre Mendes de Oliveira. (Agente)
João é levado pelos agentes e Carlos estupefacto com a
Situação.
Horas depois…
Noite
– Prisão
João tinha sido colocado na mesma cela que Matilde e
ambos estavam felizes que iam poder estar juntos e criar o seu filho.
-É tão bom estares aqui comigo. (Matilde)
-É! Mas da pior maneira. (João)
-Porquê que mandas-te raptar o teu filho? (pergunta
Matilde)
-Tem calma! Eu estou arrependido pelo que fiz e não vou
fazer ao nosso. Eu mandei raptar o Alexandre, porque ele empatava uma serie de
coisas comigo e com a Antónia, ele veio tirar-nos muita coisa, festas,
passeios, jantares, mas quando vi que Antónia sofria com a dor de que ele tinha
sido desaparecido, fiquei muito mal e não tive coragem para o trazer. (Conta
João)
Matilde beija João apaixonadamente
-A partir de agora tens uma nova vida, uma nova família e
desta vez vamos ser felizes! (Matilde)
-Claro que sim. (João e beija Matilde)
Dia
Seguinte – Jardim Mansão Mendes de Oliveira
-É tão bom ter-vos aqui e saber que finalmente
descobriram que há amor entre vós. (Maria)
-É mãe, mas não te entusiasmes muito, eu e a Mónica vamos
para Londres. (Ivo)
-Desde que me venham visitar. (Maria)
-É Claro que sim! (Mónica sorridente)
-Aquelas bruxas têm rapidamente de ser presas. (Maria)
-É, nem sei como acreditei nelas e na minha própria filha
tanto tempo. (Interrompe Antónia)
-Bom Dia! (Aparece o Agente)
-Bom dia Senhor agente! Passa-se alguma coisa? (pergunta
Antónia)
-O seu Marido foi detido cinco anos por mandato de rapto
do seu filho Alexandre Mendes de Oliveira e tenho mais outra má noticia.
(Agente)
-Diga Senhor agente (Antónia)
-A Sua filha Mariana Mendes de Oliveira faleceu ontem á
noite num acidente de automóvel com a senhora Júlia Maria. (conta o Agente)
Antónia manda-se ao chão e começa a chorar
desesperadamente, Ivo e Mónica tentam acalmá-la também surpreendidos, Maria
está de boca aberta e estupefacta com a notícia.
-Eu não acredito! (Antónia a chorar)
-Acalme-se D. Antónia (Ivo)
-Chega de adiar mais isto! Chega! Ivo tu és o Alexandre!
(Antónia levantando-se do chão)
Mónica e Maria ficam estupefactas e Ivo fecha os olhos e
lembra-se de todas as imagens da sua infância e de repente dá um enorme abraço
a Antónia.
-Mãe és mesmo tu! (Ivo)
Maria está comovida com a situação e Mónica dá-lhe um
abraço
-Finalmente Alexandre, finalmente. (Antónia)
De repente chega outro agente junto do que já lá está:
-Maria Moreira está detida por ocultamento de criança
durante 21 anos. (Agente)
Maria dá os braços ao agente a chorar o mesmo coloca-lhe
as algemas e leva.
-Espere! (diz Ivo)
O mesmo vem junto dos agentes e da Maria:
-Mãe, sim mãe, tu vais ser sempre a minha mãe, estarei
aqui a tua espera ouviste? Beijos amo-te! (Ivo junto da Mãe)
Maria é levada pelos agentes a chorar e Antónia, Ivo e
Mónica dão um abraço!
Horas depois…
Casa
Mónica
Ivo, Mónica, Carlota, Sérgio e Rodrigo estão em casa de
Mónica a ouvirem Ivo e Mónica a contar o que aconteceu…
Um Dia Depois…
Dia
Seguinte - Aeroporto
Vera e Carlos estavam para entrar no avião, quando vêem
Antónia, Ivo, Mónica, Carlota, Sérgio, Lúcia e Rodrigo a virem.
-Peço desculpa a todos pelo que fiz, mas foi revolta, foi
assim que me ensinaram a ver vida. Ivo e Mónica? Espero que sejam felizes a
partir do momento que entrarem neste avião, Rodrigo e Lúcia? Espero que sejam
felizes, digo o mesmo ao meu… irmão (Sérgio) e á Carlota, vocês todos merecem.
(Vera)
De repente todos dão um abraço muito forte...
Márcio aparece e interrompe o abraço dos amigos:
-Ei! Então e eu? (pergunta Márcio)
-Tu? Tu vais-nos dizer é o porque que apareces e
despareces muitas vezes. (Rodrigo)
-Eu não vos posso dizer, depois vocês vão se afastar. (Márcio)
-Não vamos nada Márcio, diz lá. (Lúcia)
-Eu… Eu sou prostituto. (conta Márcio nervoso)
-Epá anda cá! (chama Sérgio)
E dão todos um forte abraço. Depois Vera e Carlos
despedem-se dos amigos:
-Eu venho visitar-te maninho. (diz Vera a Sérgio)
-Espero bem que sim mana. (responde Sérgio)
-Porta-te bem. (Vera e dá um abraço a Sérgio)
-Maninho? (pergunta Sérgio confuso)
-É uma longa história. (Carlota)
Depois de Vera e Carlos entrarem no avião é a vez de Ivo
e Mónica despediram-se dos amigos e de Antónia:
-D. Antónia! Quer dizer mãe, eu venho visitar-te e quero
que saibas que eu nunca mais vou ser o Alexandre, mas sim o Ivo, mas há uma
coisa que nunca vai mudar, as minhas duas mães. (Ivo)
-Eu percebo filho, e o que me faz feliz é saber que me
perdoas e que me consideras como mãe, e o teu pai a pagar por aquilo que fez.
Boa viagem. Gosto muito de ti. (Antónia comovida e dão um abraço)
Ivo e Mónica antes de entearem no avião…
-Eu acredito, nós vamos ser felizes, o amor é um sonho,
basta acreditarmos. (Mónica)
Com isto Ivo e Mónica beijam-se apaixonadamente e entram
no avião.
E o avião arranca…
Sem comentários:
Enviar um comentário