Todos os trabalhadores da Empresa Mendes de Oliveira
estavam reunidos no jardim para Antónia lhes dar uma notícia, a qual Rodrigo
foi o primeiro a saber.
-Não vou estar aqui com muitos rodeios, como já todos
devem saber eu e o Dr. João separamo-nos, e todos devem pensar que quem vai
ficar com a Mendes de Oliveira sou eu, mas estão severamente enganados, a
empresa está oficialmente entregue a Júlia Maria, quero que continuem com o
mesmo empenho e não garanto a todos um lugar na empresa, só a Júlia saberá
aquilo que vai fazer, obrigado a todos e continuação de um ótimo trabalho.
(Antónia)
Os trabalhadores ficaram surpreendidos e revoltados com a
decisão de Antónia.
-Eu não acredito naquilo que a D. Antónia está a fazer!
(Sérgio estupefacto)
-Nem tu, nem eu, agora é que eu vou para o olho da rua.
(Lúcia)
-Calma, calma pode ser que agora que a Júlia tenha a
empresa mude de objectivos. (Mónica)
-Não sei não! (Rodrigo)
Prisão
Matilde estava sentada na cama inquieta a pensar, quando
recebe uma visita de Carlota.
-O que é que estás aqui a fazer? Não devias estar de
baixo da terra, morta? (pergunta Matilde estupefacta)
-Isso era o que tu querias não era Matilde? Vim só gozar
um bocadinho com a tua cara, dizer-te que quem tudo quer, tudo perde, e que um
homem não é tudo na vida, hoje perdes um autocarro, amanhã apanhas outro, mas
tu não, sempre quiseste o João, o João e o João, agora estás numa cadeia á
espera de Julgamento, e onde podes vir a ficar três anos fechada. (Carlota nervosa)
-Cala-te! Tu não sabes nada! Tu não sabes nada! Tu foste
uma traidora, tu sabias que o João era o homem que sempre amei e claro não
foste olhar a meios para atingir o mesmo lugar que eu. (Matilde)
-Eu sempre amei o João, sempre te quis contar toda a verdade,
mas ele impedia-me, convencia-me que mais cedo ou mais tarde íamos ter uma vida
juntos, bem longe daqui. (Carlota)
-Ah! Já cá faltava as histórias de encantar, “e viveram
felizes para sempre”, tu não penses que eu vou terminar assim nesta história, porque
não vou, eu nem que tenha de me matar aqui dentro, mas o meu final será
surpreendente. (Matilde)
-Sonhar é fácil, realizar-se é que é difícil, bem vou
indo, tenho uma nova vida pela frente, boa sorte amiga! (Carlota determinada)
Carlota vai se embora e Matilde fica na cela super
irritada, aos pontapés a tudo e a desfazer a cama.
Rua
-Bem o nosso passeio foi maravilhoso, já precisávamos.
(Ivo)
-É verdade filho. (Maria)
De repente o telefone de Ivo interrompe.
-Estou? (Ivo)
-Estou Ivo? Desculpa incomodar-te mas tens de vir já para
a empresa. (Sérgio)
Gabinete
de Produção
-A Júlia a
nova patroa da Mendes de Oliveira? (Ivo estupefacto)
-Tu podes
ficar descansado que o teu lugar é garantido, já o meu… (Rodrigo)
-tu és um
ótimo realizador, duvido que ela te mande embora, e mais se ela mandar alguém
embora, eu saio da empresa. (Ivo)
-Não Ivo tu
não podes fazer isso. (Mónica)
-Ai eu
adorava que fizesses isso por mim, és mais bonito que nas revistas. (Lúcia)
-Obrigada!
(Ivo)
-Lúcia
quero falar contigo. (Rodrigo)
-Bem o
menino já ficou com ciúmes. (Mónica)
-Sim vamos
lá fora! (Lúcia)
Rodrigo e
Lúcia saem do gabinete e Ivo e Mónica ficam sozinhos.
-Bem vou
trabalhar. (Mónica atrapalhada)
-Eu vou
indo, mas antes queria dizer-te que daqui a uns dias vou te convidar para irmos
jantar, quando a poeira acetar. E não aceito um não! (Ivo)
-Pronto
logo se vê! (Mónica com um sorriso)
Jardim
Empresa Mendes de Oliveira
-Lúcia! Eu
queria fazer-te um pedido. (Rodrigo)
-É claro!
Faz. (Lúcia)
-Hoje á
noite não queres vir jantar comigo? (Pergunta Rodrigo)
-Preferia
fazer eu a pergunta… Rodrigo não queres vir jantar comigo? (Lúcia)
-Sim quero,
mas há um problema, a Mónica? (Rodrigo)
-A Mónica?
Pois a Mónica… Olha não sei, mas de certeza que ela vai compreender. (Lúcia)
-Ás 21h lá
em casa? (pergunta Rodrigo)
-Sim!
(responde Lúcia)
Recepção
empresa Mendes de Oliveira
-Desculpa
lá fazer-te sair assim do gabinete, mas eu queria pedir-te a casa emprestada,
só por esta noite, posso? (pergunta Lúcia)
-Se me
disseres para quê, podes. (Mónica)
-Vou jantar
com o Rodrigo. (Lúcia com um sorriso)
-Huuuu!
Claro que podes, espero que seja por uma boa causa. (Mónica)
-Ei! Não
penses coisas, somos só amigos. (Lúcia)
-Não disse
o contrário. Bem só preciso que me deixes ir buscar algumas roupas e tenho de
ir avisar a Carlota para não se mudar hoje para lá. (Mónica)
-A Carlota
vai morar lá em casa? (pergunta Lúcia)
-Sim até a
vida dela se estabilizar. (responde Carlota)
-Obrigada
Mónica! Tens sido impecável comigo! (Agradece Carlota)
-Não tens
de quê! Agora vou trabalhar e ligar á Carlota. Até já! (Mónica)
-Até já!
(responde Lúcia)
Jardim
– Empresa Mendes de Oliveira
Sérgio
estava no jardim a fazer uma chamada de telefone a Carlota.
-Estou
Carlota? (Sérgio)
-Estou Sérgio!
(Carlota)
-Quero te
perguntar se não precisas de ajuda com as malas, não me importo quando sair ir
aí ao hotel. (Sérgio)
-Ah! Não,
não é preciso, obrigado! (Carlota)
-Então vá,
espero por ti lá em casa. (Sérgio)
-Ok! Vá
beijinhos. (Carlota e desliga o telemóvel)
Assim que
Carlota desliga o telemóvel recebe outra chamada.
Hotel
– Quarto Carlota
-Estou?
(Carlota)
-Estou
Carlota olha era para dizer-te que hoje não dá muito jeito mudares-te lá para
casa, porque… (Mónica)
-Eu já não
me vou mudar para tua casa. (Carlota)
-Não?
(pergunta Mónica)
-Não! Eu
vou morar com o Sérgio, sempre poupa-se espaço na tua casa. (Carlota)
-Oh sabes
que aquela casa se precisares está sempre aberta para ti. (Mónica)
-Eu sei e
Obrigada! (Carlota)
-Vá vou ao
trabalho, beijos. (Mónica)
-Beijos.
(Carlota)
Gabinete
de Produção
Mónica
estava a trabalhar, quando Lúcia bate a porta.
-Sim?
(Mónica)
-Tenho aqui
estes papeis para te entregar. (Lúcia)
-Obrigada!
Falei mesmo agora com a Carlota e ela disse-me que já não se vai mudar lá para
casa, vai para casa do Sérgio. (Conta Mónica)
-Bem ou
menos já não está num hotel a saber que qualquer dia não tem dinheiro para o
pagar. (Lúcia)
-É verdade!
(Mónica)
-Antes de
voltar ao trabalho, queres ouvir uma? (Pergunta Lúcia)
-É claro
que quero. (Mónica sorridente)
-Qual a semelhança entre as loiras e
os golfinhos? (pergunta Lúcia)
-Os golfinhos são inteligentes e as
loiras não! (responde Mónica)
-Pensa-se que ambos tenham
inteligência, mas ainda não foi comprovado. (Lúcia)
-Ahahah! Olha se não nos virmos, bom
jantar e depois contas-me tudo! (Mónica)
-Sim, mas não vais buscar uma muda de
roupa? (pergunta Lúcia)
-Sim e quando for tu ainda estás aqui
na empresa. (Mónica)
-Ah Pois, bem até logo! (Lúcia e sai
do gabinete)
CONTINUA…
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