Noite
- Casa Sérgio
Carlota e Sérgio estavam no sofá a beijarem-se.
-Quem diria nós namorarmos. (Carlota)
-E nós nunca nos apercebemos disso. (Sérgio)
-Sim Sérgio, mas não te esqueças que isto é muito
recente, nós estamos carentes, apaixonados por outras pessoas, não podemos
levar isto muito asserio. (Carlota)
-Sim eu sei. (Sérgio)
-Ah é verdade ligaram-me hoje. O julgamento da Matilde é
já amanha. (Carlota)
-Ah pois é! Esqueci-me de te contar eu fui visita-la hoje
mais o Rodrigo e o Márcio, nem sabes da melhor. (Sérgio)
-Qual? (pergunta Carlota)
-A Matilde está grávida. (conta Sérgio)
-Grávida? (pergunta estupefacta Carlota)
-Grávida! Foi mesmo assim que fiquei. (Sérgio)
-E Então o que falaram? (pergunta Carlota)
-Contei-lhe da empresa, de nós andarmos, falamos… (e
Sérgio continua a contar)
Noite
- Casa Júlia e Vera
-Estou exausta! Já não vou ver aqueles idiotas. (Júlia)
-Se quiseres eu vou. (Vera)
-Não! Deixa os estar, o que a maluca da Mariana fez ainda
sobra para si. (Júlia)
-Pois é verdade, mas o que é que essa miúda foi lá fazer.
(Vera)
De repente tocam á campainha.
-Quem será a esta hora? (pergunta Júlia)
-Eu vou lá abrir. (Vera)
Vera abre á porta.
-Olá boa noite. (Antónia)
-Boa Noite. (Mariana)
-Boa Noite. (Vera)
-Que surpresa! (Júlia)
-Podemos entrar? (Antónia)
-Claro, claro! (Vera)
-Ai Júlia estou exausta de estar em casa, nem imagina,
então como correu o seu dia? (pergunta Antónia)
-Ai Vera sabes uma coisa? Chega de fingir, chega de
fingir que somos boazinhas, já temos aquilo que queremos, só nos falta comprar
uma casa. (Júlia)
-O que é que está para aí a dizer Júlia? (pergunta
Antónia)
-Acabou Antónia, eu não sou tua amiga, eu não gosto de
ti, tu irritas-me, caíste que nem um pato, até a tua filha te enganou. (Júlia)
-É verdade querida mãezinha, está na hora de me vingar de
vocês todos, vocês que sempre quiseram o meu mal, nunca me deixavam fazer nada,
era sempre a má da fita. (Mariana)
-Ai Antónia, Antónia cada vez mais no fundo. (Vera)
-Mas vocês estão bêbadas, possuídas? (pergunta Antónia)
-Estás a ver? Estás ver esta casa? Foi aqui que eu passei
os meus dias a pensar que um dia ia ter uma casa como a tua, foi aqui que
acreditei e lutei para ter a tua empresa, e sabes uma coisa? Eu consegui,
consegui ter a empresa e só me falta uma casa como a tua, mas não falta muito,
já tenho lucros suficientes. (Júlia)
-Sempre me disseram que tu e a tua filha eram umas
víboras, mas há tanto tempo que vos conheço eu nunca pensei, mas agora a
verdade chega ao de cima. (Antónia)
-Nem toda a vida as princesas são princesas e os mãos são
mãos, a vida surpreende, e neste mundo ninguém, mas ninguém é amigo de ninguém.
(Vera)
-A Mãe sempre foi uma triste, sempre foi enganada pelo
pai e nunca soube, sempre acreditou que o mundo era feito de barbies e kens.
(Mariana)
-Eu vou acabar contigo Antónia mais do que já estás.
(Júlia)
Antónia estupefacta ouve tudo.
-Agora sai! Sai daqui para fora. (Júlia)
-Ah não se preocupe que as minhas malas já cá estão.
(Mariana)
Com isto, Antónia sai de casa de Júlia estupefacta e de
lagrimas nos olhos.
-Acabou, finalmente, só nos falta acabar com os outros
dois. (Júlia)
-Ahahahah! (riem as três)
Noite
- Rua
Antónia sai do prédio de Júlia a correr e a chorar e
entra no carro e arranca.
Noite
- Casa Mendes de Oliveira
Antónia entra em casa a chorar e começa a destruir a sala
e a partir tudo.
Noite
- Casa Abandonada
Ivo e Mónica estavam às escuras dentro da casa
abandonada, só se via os olhos brilhantes no escuro.
-Mónica! (chama Ivo)
-Sim? (Mónica)
-Vou aproveitar que está escuro para te contar uma coisa.
(Ivo)
-Mas o que tem a ver o escuro? (pergunta Mónica)
-Tem a ver que assim não vês a minha cara, não olhas para
mim estupefacta… (Ivo)
-Conta Ivo. (interrompe Mónica)
-Eu… Eu já tive um caso com um homem. (conta Ivo)
-Com um homem? (pergunta Mónica surpreendida)
-Sim! E muito recentemente. (Ivo)
-E ele é quem? (pergunta Mónica)
-Ele é o Márcio o modelo da empresa, eu e ele tivemos
umas três, quatros vezes juntos no quarto do hotel, eu gostava dele, eu gostava
de estar com ele, mas tu vieste mudar tudo, tu vieste mudar o meu coração, tu
vieste mostrar-me o que é amar alguém de verdade, eu amo-te Mónica, eu quero
ficar contigo, eu prometo que não te vou desiludir, prometo. (Ivo)
-Então tu és bissexual? (pergunta Mónica ainda
estupefacta)
-Não sei, o que eu sei é que só me sentia melhor se
soubesses isto. (Ivo)
-Mas já tiveste mais casos com homens? (pergunta Mónica)
-Não! Foi a primeira vez. (responde Ivo)
-Eu… (Mónica)
-Tu o quê? (pergunta Ivo)
-Eu também te amo, eu também quero estar muito contigo,
mas tenho medo, tenho medo que aconteça o que aconteceu com a minha mãe.
(Mónica)
-Mónica eu prometo que vamos ser muito felizes os dois, e
tu só tens de acreditar e confiar, nem todas as histórias são iguais, o amor
existe, a felicidade também, basta querermos e acreditarmos. (responde Ivo)
-Mas nem todas as histórias acabam “e viveram felizes
para sempre”. (Mónica)
-Mas a nossa história sim, a nossa história pode ter a
frase “e viveram felizes para sempre”, mas basta querermos, basta acreditarmos
no amor, na felicidade, na confiança e vivermos um dia de cada vez. (Ivo)
-Amo-te! Eu amo-te Ivo. (Mónica)
-Eu também te amo Mónica, eu quero ficar contigo. (diz
Ivo do outro lado amarrado)
-Vou tentar descansar. Boa noite. (Mónica)
-Dorme! Eu fico acordado, pode acontecer alguma coisa.
(Ivo)
-Obrigado. (Mónica)
Dia
Seguinte – Mansão Mendes de Oliveira
Antónia está a descer as escadas e Maria arranjar as
almofadas do sofá da sala.
-Bom dia minha senhora. (Maria)
-Bom dia Maria. (responde Antónia)
-A menina Mariana? (pergunta Maria)
-A menina Mariana para mim morreu, a partir de hoje vou
enfrentar uma nova vida, vou fazer aquilo que tenho a fazer e seguir a pista
que a Maria me deu ontem. (Antónia)
-Pista? Que pista? (pergunta Maria)
-Dentro de dias vai saber. (responde Antónia feliz e vai
para a sala de estar)
-Mas o que é que vem aí desta vez? (pergunta-se Maria)
CONTINUA…
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